Hoje, dia 7 de março, os movimentos de familiares vítimas da violência do Estado, defensores dos direitos humanos e demais militantes se reuniram em protesto contra a decisão do tribunal do júri que condenou o assassino do jovem Johnatha de Oliveira Lima, o PM Alessandro Marcelino de Souza, por homicídio culposo, cuja pena máxima é de 3 anos de prisão. O protesto ocorreu em frente ao TJRJ, no Centro.
Logo após, ocorreu uma caminhada em direção ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), também no centro, na intenção de cobrar uma respostas do MP em relação às vítimas de violência do Estado. Depois de muito insistência, as mães conseguiram marcar uma reunião com a promotora do MP, o qual vai ouvir as reivindicações dos familiares.
Ana Paula de Oliveira, mãe de Johnatha, manifestou todo a sua revolta contra um sistema de justiça racista que defende os poderosos e vira as costas para o povo preto e periférico. Johnatha foi executado aos 19 anos com um tiro nas costas no ano 2014. Então são 10 anos de luta por justiça, que se inscreve nos séculos de lutas contra o genocídio negro no Brasil. Longe de ser uma luta em vão, trata-se de uma luta do povo por justiça, pelo direito à vida e contra o racismo.